No último dia 26 de Novembro completou 20 anos do final do curso da turma XXV da Guarda Civil Metropolitana da Cidade de São Paulo, que ainda hoje é a maior turma de formandos pelo nosso atual Centro de Formação em Segurança Urbana - CFSU, na época Departamento de Ensino - DE, com 1085 formandos, entre homens e mulheres.
Tenho um carinho todo especial ao citar esta turma, afinal fiz parte dela, não era o melhor, ou o mais bonito, ou o mais inteligente, não recebi medalha por algum ato ou qualidade, apenas fiz parte desta turma.
Eram 27 pelotões, com uma média de 40 alunos por pelotão e entre eles, o pelotão que eu fazia parte, o A9, este sim se destacou dos demais, não por que eu fazia parte dele, mas por que 40 alunos com suas mais variadas qualidades faziam parte dele, tornando-o único, diferenciado...me perdoem os outros, mas sim, estou puxando a sardinha para a minha grelha.
Desde muito cedo aprendemos que os pelotões de alunos eram uma analogia do grande chavão:"cada Inspetoria é uma Guarda diferente ", pois os pelotões não eram iguais, e havia uma disputa declarada entre eles pelo status, e cada um queria se destacar dos demais por suas qualidades e habilidades, um espetáculo em termos de disputa, brio e luta.
As aulas de ordem unida eram verdadeiras batalhas, e nós éramos os grandes gladiadores, desfilando para os Grandes Czares (Graduados e Inspetores) e nos exibindo para o grande público (os alunos de outros pelotões "rivais"), tudo em um ambiente sadio e competitivo.
Mas o pelotão A9 possuía algumas vantagens frente aos outros. Me lembro que em uma contagem, dos 40 integrantes, 21 eram ex-combatentes das forças armadas ou ex-policiais militares. Nosso xerife (CD Milanez, Banda e Coral), que alem de ex-cabo da aeronáutica (creio que era isto) também fazia parte do coral da igreja que freqüentava e alguns ali também tinham dons musicais, e alguns foram direto para a antiga e extinta Banda.
Logo nos destacamos em ordem unida e na entoação do Hino da Guarda Civil Metropolitana, servindo como modelo para os demais, provocando e acirrando ainda mais a disputa entre os pelotões.
Reconheço que nunca me destaquei nem na Ordem Unida (uma lástima, aprendi a marchar com mais de 2 meses de curso), e na parte do coral o conjunto prevalecia.
Tivemos nossas disputas e contratempos internos, tudo superado Graças a ELE. E passado 20 anos ainda encontro velhos e bons conhecidos daquele tempo, como o grande CD Pereira que dispensa apresentações (o homem do direito no ATC), o CD Sosthenes da SMTEL (outro que abrilhanta o A9), GCM Nicolla da CETEL, o GCM Silvio da SMSU (nosso Sub-Xerife que nos ensinava a Ordem Unida do Nordeste, "Atenção Pelotão, durim-durim"), o grande GCM Regaço que mesmo com o ocorrido ainda mantém o bom humor e a esperança, e tantos outros que participaram daquele novo mundo a ser descoberto por todos nós, aproveito a oportunidade para lembrar e homenagear (post-mortem) o grande colega Teoprepides Francisco Canabrava Neto (grande Cana), que foi uma das vítimas do stress policial, que ELE o tenha em bons braços e o perdoe de algum fato.
E muitos de nós, da turma XXV ainda continuamos verdadeiros gladiadores no campo de batalha, ainda somos uma das forças motrizes que movimentam esta máquina chamada GCM, e o pelotão A9 colaborando sempre.
Sim senhores, isto não é apenas um artigo, não são meras palavras, é um artigo composto de palavras que formam a declaração de amor de um ser a uma causa, e a causa é a nossa grande e amada Guarda Civil Metropolitana. Ela é composta por todos nós, é resultado de nossos esforços e se ela caminha é porque caminhamos juntos e não esmorecemos jamais e peço ao GRANDE CRIADOR que sempre nos dê forças para que possamos caminhar e conduzir a nossa causa até o sucesso, que é o mínimo que ela merece.
Parabéns a todos os guerreiros GCM's e familiares que deram e dão suporte para a continuidade desta árdua jornada, parabéns aos integrantes da grande e saudosa turma XXV e parabéns aos integrantes do grande pelotão A9, a luta não é em vão e todo esforço é válido senhores.
Parabéns...