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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vai Corinthians!!!

Quero deixar claro a minha satisfação pelo time que sou torcedor ter ganhado mais um título. Não serei tão hipócrita a ponto de dizer que este acontecimento passou despercebido e não tenha importância, mas também percebi outros fatos que me chamam a atenção e queria compartilhar.

Antes de começar a divagar, quero deixar claro que expresso apenas uma opinião ou ponto de vista, não tenho a pretensão de que minhas pobres palavras tenham o sentido da verdade absoluta e é claro que entendo as opiniões contrárias, afinal em tese, e apenas em tese, vivemos em um país democrático de direito.

Hoje pela manhã quando fui ao mercado comprar pão para o meu desjejum matinal (o supermercado próximo de casa faz uns pãezinhos que são uma maravilha) ouvi um atendente do balcão de frios fazer o seguinte comentário em voz alta para um cliente conhecido:

- É hoje que o seu time leva chumbo Fulano! (se referindo ao Corinthians é claro, pois quem não torce a favor, torce contra).

O provocado, com muita calma e inteligência, rebate:

- Independente do resultado, terei que comer hoje, dormir e amanhã terei que trabalhar, minha vida continuará a mesma.

Não me ative a olhar para rostos ou expressões, mais a inteligência contida naquelas palavras valeu meu dia.

A história é repleta de exemplos de como o Governo faz para que o povo esqueça seus problemas e se divirta ainda sim. No filme “Gladiador”, o Imperador reabre o Coliseu para um “show” de gladiadores, onde o povo que passava por privações é iludido com “diversão” gratuita.

Reza a lenda que em uma pesquisa solicitada pelo Imperador Dom Pedro, para saber por que o povo não era alegre revelou que o país precisava de mártires e não tinha, e então um monte de mártires foi criado (entre eles, Tiradentes).

Vivemos um momento difícil do país, e embora a economia interna esteja “bombando” a economia externa não é assim tão boa, a ponto de representantes do FMI virem ao nosso país, solicitar ajuda (dinheiro) à Presidente para ajudar os países da União Européia (UE), e a nossa Presidente muito sabiamente (pelo menos na questão política) concordou, desde que o Brasil passasse a ter um papel de maior relevância junto ao mencionado órgão internacional.

O mercado interno, se o externo não se recuperar em um determinado espaço de tempo, não terá forças para equilibrar as despesas do país, por isto nossa Presidente não está fazendo boa ação e não está doando dinheiro, está fazendo investimento e política, nada contra a mesma, e os problemas nacionais não se resolverão com a soma que ela porventura venha a disponibilizar para ajudar à pobre Espanha, Itália e Grécia.

Mas os problemas do país estão ai, a olhos vistos, negociatas e mais negociatas, denuncias de corrupção estourando quase que de hora em hora nos noticiários, impunidade declarada em muitos casos considerados esdrúxulos, o salário mínimo não dando nem para o essencial, a segurança pública é um caso de polícia, e nossos especialistas no assunto nos assombram com suas soluções. Em Brasília, é um cai-cai terrível de Ministros e recentemente, o que está na corda bamba é o do Trabalho, Carlos Lupi do PDT, que está envolto em várias denuncias, mas até o presente permanece no cargo, mais uma vez graças a negociações políticas, afinal, e fazendo uso da fala do “Exmo. Deputado Federal Paulinho da Força”, "Estamos a 10 meses das próximas eleições. Será que Rui Falcão (Presidente do PT) já está desprezando o eventual apoio da central (Força Sindical/CUT) e do partido (PDT) em São Paulo?". É um absurdo, o Governo que deveria prezar pela ética, transparência e justiça, ter que se curvar e se prestar a este papel, negociar com genocidas. Sim, é isto mesmo que você caro leitor acabou de ler, “genocidas” mesmo, pois em minha opinião, e como dito no início, é a que expresso, estes políticos que desviam milhões, e por que não dizer, bilhões de reais, são genocidas, pois desviam dinheiro que seria investido na saúde, educação, em obras sociais, empregos e etc. Pessoas morrem todos os dias por falta de uma saúde de qualidade e não é novidade a ninguém que se você quiser um mínimo de dignidade no tratamento de saúde, terá que pagar caro por um convênio (aqui em casa, para duas pessoas pagamos R$310 por mês, e não é lá essas coisas não).

Todo início de ano, vemos o desespero de mães para tentar uma vaga em escolas públicas (de péssima qualidade, sem contar a famigerada “Progressão Continuada”) para seus filhos. Todos os dias vemos famílias, e agradecemos a ELE por não ser a nossa, mas nada garante que amanhã não seremos nós ou por nós que chorarão, devido a alguém que foi levado pela violência, por que faltou investimento em segurança, em prevenção, sobrou corrupção em órgãos políticos e policiais que permitirão que uma arma chegasse as mãos de um homicida.

E enquanto isso, vemos milhões de pessoas esquecerem destes problemas, ou não vêem a real dimensão, e se entregam a uma festa, afinal o” Corinthians é campeão brasileiro”, e no final do ano (creio eu, sempre fui péssimo para futebol) o Santos concorrerá ao título de melhor do mundo, e logo teremos o Natal, na seqüência o Ano Novo e mais a frente o Carnaval e por ai se vai...e os problemas sendo absorvidos pelo sem números de feriados comemorativos e festas populares.

Mas eu creio que está mudando, um tanto quanto devagar, mas está mudando.

Mas, aproveitando isto, quero lhes perguntar algo:

- Recentemente, um “ministro caiu”, o dos Esportes, rodeado por um sem número de denuncias de desvio de dinheiro para Ong’s, e interessante, o Ministro caiu e as denuncias contra ele sumiram? Não se fala mais, foram arquivadas?

Fico impressionado com o esquecimento das pessoas quando vejo o Senhor Renan Calheiros, que foi reeleito Senador, após ter renunciado ao cargo em 2007 por estar envolvido com um sem número de denuncias de corrupção e etc.

Senhor Fernando Collor, José Sarney, Paulo Maluf, Romário, Tiririca, Eduardo Suplicy, e tantos outros nomes envolvidos em denuncias de corrupção, ou sem nenhuma capacidade ou conhecimento para exercer um cargo público, é um show de horrores, e pior de tudo, com dinheiro público, e estes caras criam leis e impostos para gerir a minha vida e encherem seus bolsos...absurdo.

E aproveitando a oportunidade, quero aqui fazer mais uma observação. Recentemente, tive uns problemas de saúde e tive que consultar um médico, e consegui uma consulta com especialista na Rua Pará, atrás do cemitério da Consolação, área nobilíssima de São Paulo, e em meio a tantas casas e prédios de alto padrão, vejo uma construção, aliás uma construção suntuosa, que pertence a nada mais nada menos a CUT (Central Única dos Trabalhadores), aquela que diversos sindicatos são filiados, e patrocinam diversos fatos no Brasil, inclusive invasões e festas.

Ou seja, operam com o dinheiro do proletariado...mais um absurdo. E não pensem que dentro da garagem deste suntuoso prédio vi algum carro de valor inferior a R$30.000.

É um paradoxo, mas o ano que vem está ai, teremos outros campeonatos regionais, dois nacionais, três internacionais (Sul-Americana, Libertadores e Mundial), além de outro Carnaval, 7 de Setembro, Páscoa, Natal, Ano-Novo e etc. E já estamos pensando em 2014 e 2016, que colocará o país no centro do mundo e trará enormes investimentos e melhorias para o país (pelo menos é o que querem que acreditemos), e com isto não devemos nos preocupar com problemas, a vida é muito curta para nos preocupar tanto, vamos curtir o momento, não é mesmo?

Enquanto isto, um saco sem fundo de verbas e investimentos é esvaído na cara de pau por pessoas sem escrúpulos, e o pobre continua pobre, e o rico cada vez mais rico.

Brasil, um país de todos, mas para poucos.

Viva a Democracia, vivamos a anarquia política!

O sol nasce para todos, mas só brilha para alguns!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sou motociclista, não sou ser humano, não sou contribuinte, não tenho direitos?

Quem acompanha este respeitável blog sabe que não publico artigos de forma constante e com pouco interstício, mas devido a um assunto que está presente nos noticiários e na Assembléia Legislativa de São Paulo, me senti na obrigação de me manifestar quanto ao assunto.

O “Exmo. Senhor Deputado Estadual Joogi Hato” é autor do Projeto Lei (PL) nº 485/2011 que proíbe o trânsito de motocicletas com garupa em dias úteis em cidades com mais de um milhão de pessoas. A justificativa para tal é a diminuição de acidentados e roubos a mão armada onde o “Exmo. Deputado” alega, embasado em pesquisas do CET que apontam que em 41,8% das colisões com mortes, envolveram motos e carros. Na sequência (14,9%) aparecem motos e ônibus. E que, segundo dados do Departamento de Polícia da Capital – DECAP – os motoqueiros estão envolvidos em 61,5% dos crimes contra o patrimônio.

Bom, então vamos divagar...se então houver um aumento significativo de homicídios com facas teremos que, para comprar uma faca de cozinha provar a necessidade? E um açougueiro, terá que ter curso de uso defensivo do seu aparato de trabalho e assinar um termo, tipo um porte de armas?
Se, para cada caso, onde a incompetência do poder público se mostrar latente, termos que ter uma restrição de direito, seja ela material ou de ir e vir, daqui a pouco viveremos em um estado ditatorial.

Uma motocicleta é projetada para até duas pessoas, por isto ela vem com dois lugares, este projeto bate de frente com uma das causas do trânsito, o número elevado de carros.

Há quem use motocicletas para cometer crimes? Evidente, isto é fato, assim como há quem utilize carro, bicicletas, ônibus, caminhão, vamos cercear o direito de todos dirigirem e darem caronas também?

Dá forma que o “Exmo. Senhor Deputado Estadual Joogi Hato” expôs, a impressão causada é que TODOS os motociclistas são ladrões ou suicidas, e todos são irresponsáveis.

E absurdo, estou pasmo com o alto grau de sapiência dos nossos políticos, em especial da Assembléia Legislativa de São Paulo e mais especificamente ao “Exmo. Senhor Deputado Estadual Joogi Hato” que “libera” o trafego com garupas aos finais de semana e feriados como se ladrão tirasse folga também e nestes dias não houvesse nenhum tipo de assalto nem tampouco acidentes, é só acompanhar as matérias em finais de semana prolongados e veremos o quanto de acidentes. Será que o “nobre Deputado” tem algum projeto na manga para estes fatos também?

Há aqueles que abusam da máquina e se envolvem em acidentes? Evidente, mais um fato, assim como há os rachas, os acidentes com carros, ônibus, caminhões, trens e etc. Vamos cercear o direito de equipar um automóvel ou de ter um?

Será que não seria o caso do estado parar de se omitir, e em vez de paliativos como este PL, agisse de forma eficaz com contratações de mais policiais, comprar mais equipamentos, investir na qualidade do policial, equipar os órgãos de corregedoria, para inibir e fiscalizar infrações de trânsitos e ilícitos penais com mais rapidez e eficácia, punindo os infratores e os agentes coniventes com as práticas?

Será que o “nobre Deputado” não está metendo a colher no angu dos outros, uma vez que interfere diretamente na política de cidades e depois manda a cidade arcar com o ônus da lei?

Não seria melhor se o “nobre Deputado” lutasse por corredores de motos nas grandes artérias das cidades, para impedir ou diminuir os acidentes envolvendo este tipo de veículo?

Será que o “nobre Deputado” já se dignificou a trafegar ou visualizar o trafego de veículos nas principais artérias da cidade e perceber o número de motocicletas que transitam? E destas, o enorme número de motociclistas com garupa? O “nobre Deputado” irá explicar como há estas pessoas que elas não podem mais fazer uso deste tipo de transporte e devem a partir da sanção do Exmo Governador (coisa que eu espero que não ocorra) que elas devem se locomover e pegar o nosso excelente sistema de transporte público, onde gastamos mais tempo nele do que convivendo com nossos familiares, apertado, insuficiente, desconfortável, caro, lento e uma série de adjetivos não louváveis?

Será que o “nobre Deputado” também tem uma “solução mágica” para o transporte coletivo como esta proibição das motocicletas?

Apesar de louvar o “nobre Deputado” pela sua preocupação com a segurança pública e sem interesse eleitoreiro nenhum, nem considerar que o ano que vem é um ano de eleições, creio que ele deva se informar melhor sobre suas atribuições, pois a Constituição Federal de 1988 prevê que a competência de legislar sobre o trânsito é competência da União.

O “nobre Deputado” está tendo uma visão mínima do problema e acha que cercear o direito de uma minoria, se é que podemos falar assim, haja vista que só no estado de SP temos aproximadamente 5 (cinco) milhões de motocicletas, e só na capital paulista quase 1 (um) milhão, irá resolver o problema, mas para as pessoas instruídas é crível a incapacidade do estado em responder aos problemas.

Insano e ilegal a meu ver, é cercear o direito de fazer uso de um patrimônio, cercear o direito de ir e vir, obrigar o cidadão contribuinte com mais uma taxação pelo fato dele optar por um meio de transporte.

Teremos que usar roupas com a identificação da placa na jaqueta e no capacete, e quando for vender a motocicleta? Venderei o capacete e a jaqueta também?

Quem se beneficia com isto? A população? Mas o motociclista honesto, que é a grande maioria, não faz parte desta população? As fabricas de motos que não, com certeza, pois isto irá espantar o interesse por este tipo de equipamento, pelo menos nos grandes centros. Teremos dispensas nos fabricantes de motos? É possível, haja vista que São Paulo é o maior mercado consumidor do país.

Será que o “Exmo Senhor Deputado Estadual Joogi Hato”, que representa o povo, e o motociclista faz parte deste povo, mensurou as conseqüências do seu ato? Será que ele pesquisou não só os fatos, mas as causas da criminalidade e dos acidentes? Será que ele não está sendo parcial?

Da forma que o “Exmo Senhor Deputado Estadual Joogi Hato” expõe, dá a entender que todos os motociclistas são ladrões ou suicidas. Seria um pré-conceito? Seria uma forma de assédio moral? Seria bullying? Só sei que não agrada, e creio que o mesmo não sabe o que faz.

Pois eu digo que se ele tivesse pesquisado as causas, não faria uma proposta destas. Lutaria por educação de qualidade, pelo fim da famigerada “Progressão Continuada”, por moradia, por asfaltos e duplicação em rodovias, por áreas de lazer, infra-estrutura, por uma polícia de qualidade e com qualidade.

Antes de ter fim a este artigo, quero aqui demonstrar minha indignação ao “Exmo Senhor Deputado Estadual Joogi Hato”, e se eu pudesse, me referiria ao mesmo por outras alcunhas de menor galardão, pois é o que penso.

O projeto ainda passará pelo Governador Geraldo Alckmim, e penso que o senhor Governador seja um homem sensato, inteligente e ponderado e não irá sacramentar esta insanidade. Quando o “nobre Deputado” era ainda Vereador nesta cidade, ele também tentou algo parecido, um projeto que impedia os motociclistas andarem com garupa, mas a Exma. Prefeita Marta Suplicy vetou este despautério, sabiamente, não espero diferente do Exmo. Senhor Governador.

Reza a lenda que o povo tem os políticos que merecem, então rezo e luto para que tenhamos políticos melhores!

Um fraterno abraço a todos e que o GRANDE CRIADOR nos ilumine sempre!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ser bom?

Apesar de ser um homem um tanto quanto preguiçoso, procuro sempre me atualizar, leio bastante, estou sempre navegando na internet lendo artigos e/ou reportagens dos mais diversos tipos, sempre me atualizando, afinal a notícia de hoje é a informação de amanhã. O que é um fato hoje será usado amanhã para estatísticas, estudos e etc.

E devido à função que exerço, tenho contato com muitas pessoas, algumas não são de meu agrado, outras me deixam muito feliz, mas far-se-á o que não é mesmo? Não podemos ter tudo e, além do mais, são as pessoas difíceis que nos preparam para a vida, que nos ensinam, que fortalecem nosso espírito de luta.

Nestes tempos estava lendo um artigo onde o autor filosofava sofre um determinado assunto e minha mente viajou lá para o início dos tempos, quando eu era um garoto de vinte e dois anos, tinha acabado de ingressar na GCM, os tempos eram outros, o serviço exercido era bem diferente, as necessidades e dificuldades eram grandes, a lei era bem mais flexível para o GCM, PM ou Civil, mas também era igualmente flexível para o meliante. Algumas coisas horripilantes aconteciam sob a certeza da impunidade e muitos lendários criminosos e policiais fizeram fama devido a isto.

Mas, não é sobre isto que quero discursar...estava certa feita em pé na unidade em que trabalhava, uniformizado, garboso (não tinha barriga, era atlético), os metais brilhavam, e estava conversando com uma GCM-F “antigona”, a GCM existia a 7 anos até então e quem possuía três anos ou mais já era antigo,  e falávamos de GCM’s que tinham sido recentemente promovidos ao cargo de Classe Especial e ela me falou sobre liderança. Me explicou a diferença de “Líder Nato” e “Líder Imposto” e exemplificou citando dois recém promovidos, onde o líder nato conduzia o efetivo através da simpatia, do carisma exercido, do exemplo.

O líder imposto usava da força do cargo, do “faça o que eu mando”, do “eu sou o chefe” e etc.

Nunca me esqueci daquelas palavras e exemplos, e infelizmente não temos tantos lideres natos, mas sobram lideres impostos. Embora a matéria “Chefia e Liderança” esteja presente na grade de muitos cursos de graduação, entenda aqui por “graduação” como “elevação de grau”, pode ser tanto hierárquico como formação educacional, ainda é uma matéria para “inglês ver”, embora nas empresas de médio e grande porte seja aplicada e cobrada, em outras é apenas para “encher currículo”.

São necessários lideres natos, aqueles que devemos olhar como exemplos a seguir e não nos envergonhar ao apontar para ele, termos orgulho de apresentá-los ou comentar sobre os mesmos. Termos ciência de suas fraquezas e pontos fortes, pois eles sempre nos mostram que são seres humanos e como tal, possuem falhas também, mas suas qualidades superam suas fraquezas, e isto nos faz querer aprender com eles, caminhar com eles e com isso, nos melhoramos a cada dia e impulsionamos a eles que se melhorem também, pois o líder tem que ser superior ao liderado na parte do conhecimento e experiência adquirida, não apenas “Patente”.

E pensando neste lideres natos e impostos, me veio à lembrança uma outra definição de pessoas passada por um de meus chefes, e olha que eu me considero um ser privilegiado pois no geral, as pessoas que possuem cargos de chefia a que estou diretamente subordinado, são altamente gabaritados pela vida e pessoas de nível profissional e moral elevados e um deles disse:

“Eduardo, há dois tipos de pessoas: As pessoas que se esforçam em ser boas, mas a índole delas é má e elas sabem disto, e elas praticam a maldade de forma ciente, mas para disfarçar a maldade que lhes é nata, procuram falar coisas boas e fazer coisas boas. E existem as pessoas boas, algumas delas até procuram ter atitudes mais duras para que outras pessoas não se aproveitem dela, mas possuem a essência boa e se condenam por não conseguir ajudar as vezes, e ter que ser duras as vezes.”

Foi uma ótima definição sobre a índole humana, e também acolhi este ensinamento. Às vezes me pergunto:

Sou um líder nato ou imposto?

Sou uma pessoa boa que faço coisas ruins às vezes ou sou uma pessoa ruim que faço coisas boas às vezes?

Mas não serei eu que responderei.

É claro que me esforço para ser um líder nato, e me acho uma boa pessoa, mas minha opinião não é válida...então procuro me basear na fé que cultivo, nos bons princípios, nos bons exemplos...espero que consiga, procuro colocar minha cabeça no travesseiro e não ter a dor na consciência de ter prejudicado a alguém de forma injusta ou por puro “prazer masoquista”, procuro ser justo, andar no caminho da luz.
Então meus colegas de existência, fica aqui mais um depoimento e divagação deste para, quem sabe, vossas divagações e auto avaliação.

Percebam que não sou autor de nada, apenas usei o conhecimento para expor um pensamento e aproveito e lhes pergunto:

Será que somos pessoas boas ou pessoas más?

Será que somos lideres natos ou lideres impostos?

Será que queremos que nossos exemplos ecoem?

Fraterno abraço a todos e que o GRANDE CRIADOR sempre nos ilumine!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Um tributo

De tempos em tempos seres diferenciados caminham pela crosta terrestre. Diferenciados por estarem acima da média e algumas vezes, muito acima.

Foi o caso de Sir Isaac Newton, que reza a lenda ser um homem tão brilhante e admirado, mesmo sendo dono de um gênio difícil e praticamente não possuir humildade, mas que até hoje não houve velório e enterro que superasse o seu na Inglaterra, nem de reis ou rainhas. Gottfried Wilhelm Von Leibniz, mais conhecido pelo seu ultimo nome (Leibniz) que aperfeiçoou o cálculo de derivadas e integrais (a base da engenharia e física). George Boole (que criou o calculo binário), René Descartes (o criador do Cálculo), Albert Einstein (o maior físico da história contemporânea), e mais alguns. Talvez para muitos, estes nomes não queiram dizer muita coisa, mas para o mundo sim, estes homens dedicaram a vida ao conhecimento, e muito do conhecimento do homem está baseado nestas descobertas. A engenharia, física, matemática, administração e outras áreas do conhecimento têm como base as leis descobertas e criadas por eles e por isso são cultuados e respeitados até hoje. O mundo não seria o mesmo sem eles, e conseqüentemente, nossas vidas não seriam as mesmas ou talvez nem estivéssemos vivos se não fosse a dedicação destes e de mais alguns na busca incessante do conhecimento.

No último dia 05 de outubro de 2011 o mundo lamentou mais uma perda. Mais um gênio foi se juntar a galeria dos imortais, deixando um legado para o restante de nós. Steve Jobs, co-fundador da Apple e Pixar faleceu de câncer, o homem que nunca fez uma faculdade mais com seu gênio criativo mudou a história do mundo, mesmo sem a maioria das pessoas saberem disto ou nem mesmo saberem de sua existência. Impossível imaginar o mundo sem as criações de Steve Jobs e tantas outras que inspirou ou provocou com sua paixão pelo trabalho e obsessão  pela perfeição.

Foi o pioneiro em várias frentes tecnológicas, e enxergou o que a maioria não via e admitiu o erro, quando este existiu. Computadores pessoas, computadores portáteis, sistemas operacionais (o Mac OX é dito e tido como o melhor sistema operacional para PC’s, imbatível, quem tem não admite ficar sem), Tablets (iPad), Smartfones (iPhone), musicas e vídeos (iPod), Lap-Top, animação gráfica e muitas outras áreas do conhecimento humano tecnológico foram tocadas por este Midas da Tecnologia.

Não é a toa que, quando retornou ao controle da empresa após um afastamento, as ações voltaram a subir, ele era a Aplle e a Apple é Steve Jobs e será muito estranho ver a empresa apresentar novos produtos e não ver o fundador apresentando-os como sempre fazia. Coincidentemente, “Job” em inglês é trabalho, tarefa, missão, e isto ele realizou desde os mais tenros anos e quem estiver disposto a conhecer um pouco de sua vida, contada pelo próprio, visite o YouTube e assista a este vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=66f2yP7ehDs).

Um engenheiro não concebe o mundo sem os grandes matemáticos e físicos do passado, os profissionais de informática não concebem a área de tecnologia sem Steve Jobs. O conhecimento deixado por ele impulsionou a indústria da tecnologia, e sem ele, nem o Windows que todos nós conhecemos talvez existisse, haja vista ele ser uma cópia mal feita e aperfeiçoada ao longo dos anos do “Mac OS” e nem a tão ovacionada suíte Office, que é uma versão adaptada de suítes da IBM e Apple.

Um ser humano desta magnitude intelectual desperta respeito por onde passa e não foi a toa que funcionários de várias partes do mundo choraram quando souberam da partida do “Big Boss”, e muitos admiradores e consumidores lamentaram a perda como se lamenta a perda de alguém próximo, de alguém querido. Eles sabem do valor do homem e o quanto ele poderia ter contribuído, ainda mais, se permanecesse conosco por mais alguns anos. Mas, segundo as palavras do próprio, “a morte é a melhor invenção da vida, pois a morte é a continuidade da vida e ela leva o velho e abre espaço para o novo e é assim que deve ser”.

Que o Grande Criador o receba da melhor forma possível, pois para a humanidade ele foi um grande marco e jamais será esquecido, ele não foi um ser humano que passou pela nossa existência, ele foi e sempre será Steve Jobs, o homem que mudou o seu tempo e criou coisas que nem nós mesmos sabíamos que precisávamos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Minha homenagem aos guerreiros.

Hoje, comemoraremos mais um aniversário, mas este tem um significado especial, são 25 anos da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, é o nosso Jubileu de Prata.

E pensando nisto a pouco, na solidão de onde moro, estava ouvindo música, uma das poucas coisas que me apraz, e lembrei de algumas palavras que disse certa feita a meu filho do meio que atualmente está com 14 anos de idade, saudável e feio igual o pai.

Lhe disse: “A nossa vida é igual o dia, nasce com o sol e morre quando ele se põe. Ao chegarmos a esta vida, aspiramos e ao partirmos, expiramos. Ao chegar, abrimos os olhos e ao partir, fechamos. Faça de tudo para sua vida seja justa e perfeita, para que ao olhar para trás, se arrependa do que não fez e se por um acaso se arrepender pelo que tenha feito, que não carregue isto no peito por ter prejudicado pessoas. O meu sol está no período da tarde, esta mais próximo do poente do que do nascente. Infelizmente não estarei sempre a seu lado, chegará minha vez de ter o meu sol se pondo”.

Ele me olhou impassível (é incrível como ele se parece comigo em certos aspectos) e me perguntou porque estava lhe dizendo aquelas coisas. Lhe disse que apesar de ser como sou, amo muito a todos eles (são três) e que quero apenas o melhor para eles e que se pudesse, pouparia a todos de toda a tristeza do mundo, mas infelizmente, experiência não se transmite, não é repassada, experiência é adquirida, é conquistada.

Nunca a tão famosa frase “se eu pudesse voltar no tempo...” fez tanto sentido para mim. Experiência é algo a ser conquistado e quando a adquirimos, vemos que nossas vidas teriam sido muito mais fácil se a tivéssemos adquirido antes ou se tivéssemos escutado os conselhos dos mais velhos e tivéssemos pautado pelo que eles falavam e não pelo que achávamos, mas também aprendi que nunca é tarde...e aos que me criticam sobre investir o pouco ou muito que me sobra em atividades diversas, sempre digo:

“Não sei quando será o meu dia, pode ser que não consiga me aposentar, pode ser que sim. Pela legislação atual irei me aposentar (se tudo der certo) com mais ou menos 57 anos. Talvez possa fazer algo ainda, talvez possa não querer aproveitar minha aposentadoria, estou me preparando para o talvez, o que é certo já não me preocupo. Talvez a lei mude, e me aposente antes, então o que farei? Morrerei de tédio? Prefiro me preparar para o talvez.”

As vezes faço um retrospecto de minha vida e vejo que apesar de todos os percalços, posso me considerar um vencedor, de minha origem até o presente, muitas águas passaram por baixo da ponte e em alguns momentos as águas eram caudalosas e fortes, mas consegui me manter até o presente. É incrível o que a GCM me proporcionou até hoje e sempre digo que “Tudo o que sou e o que tenho, devo à GCM” e não estou sendo hipócrita. Quando assinei minha posse em 31/07/1992 era um garoto de 20 anos que pouco ou nada conhecia da vida, não tinha perspectiva de futuro (possuo muito mais hoje do que naquela época) e minha vida se resumia a acordar e ir trabalhar e do trabalho para casa, assistir televisão, jantar, dormir...e no outro dia, começar tudo de novo. Aos fins de semana, minha diversão era ouvir musica (algumas coisas não mudam...). E hoje, dezenove anos depois, no auge dos meus bem vividos 39 anos de idade e 19 de corporação, posso dizer de boca cheia que já “vi, ouvi e vivi” muito mais coisas que a maioria das pessoas que conheço. De tudo um pouco, vários tipos de pessoas, várias experiências (boas e más) e tudo isto me molda constantemente. As vezes sinto saudades da inocência que possuía ao entrar, mas não teria sobrevivido ao mundo daquela forma. A época que vivi na corporação era outra totalmente diferente de hoje, e quem não viveu não entende, não acredita e não tem como aprender apenas com os relatos dos mais antigos. O amor deixado e dado a nossa função vem destas vivências, aos que sobreviveram, pois quem trabalhou sério e hoje está de pé (veja bem, friso mais uma vez “trabalhou sério”) pode se considerar um sobrevivente, e em cada um de nós está um leão adormecido, uma fera implacável presa, pois os dias atuais não os comportam mais, mas que outrora foram fundamentais para a GCM. Outros não tiveram tempo de adormecer o leão ou de domar a fera, foram chamados para perto do CRIADOR e o sol se pôs para eles, ou a municipalidade entendeu que o tempo de serviço prestado chegara ao fim e foram escorraçados de nossas fileiras. Mais uma vez friso “os que trabalharam sério”.

Então, procuro viver cada dia da melhor forma, quero chegar ao fim da minha caminhada e poder olhar para trás e dizer:”Eu aproveitei ao máximo o dom da vida e, vivi. Se for punido, que seja pelo excesso de querer viver.”. Procuro aprender cada vez mais, as pancadas que recebi da vida serviram para amaciar o espírito (se bem que ainda ache que posso melhorar muito mais), e dedico grande parte de minha vida a nossa corporação, pois vivo mais com meus colegas de profissão do que com minha família.

Espero que um dia, nossa amada corporação chegue ao topo que ela merece e com isso, possa tratar melhor seus profissionais e que, os profissionais não sejam mais convidados a se retirar ou que se cansem de esperar e procurem outra atividade.

Quem sabe, os tempos de ouro retornam, é claro que moldados aos novos tempos e novas feras e leões surjam e façam história e que estas sejam contadas.

E as experiências vividas no passado encontrem similaridade com as deste futuro.

Aos guerreiros do passado, que estão com suas feras domadas e seus leões adormecidos, digo que nossas experiências não foram em vão, nos moldamos a elas e foram estas vivências que nos mantém de pé. Convoco-os a jamais esquecerem quem somos e fomos.

Meus sinceros parabéns aos grandes profissionais que fizeram esta pequena grande Corporação chamada Guarda Civil Metropolitana. Tenham certeza que, somos pequenos, mas incomodamos muito e, tenho certeza, a pedra no sapato ainda se tornará uma montanha e estaremos no cume olhando para baixo.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A teoria do nosso caos

“O bater de asas de uma borboleta no Japão pode provocar uma tempestade em Nova York”.

Esta teoria é conhecida (A teoria do caos), dando título ou essência a muitas outras teorias, livros, filmes e tantos outros.

Mas do que trata esta teoria? Bem, para quem quiser entender melhor, pode começar por este artigo que explica de forma bem didática: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-e-a-teoria-do-caos. Mas em poucas palavras, diz que tudo está intrinsecamente ligado na vida, nada é isolado, e uma ação inocente ou negligente hoje pode ter resultados gigantescos amanhã. Nada é por acaso, e como diz o personagem “V” no filme “V de vingança” ou “V for vendetta” (título original em inglês), que, diga-se de passagem, excelente filme, “assim como DEUS, não creio em coincidências“, e o homem está tomando consciência disto e procura cada vez mais a harmonia e controle em suas vidas para evitar cometer atos, mesmo que pequenos, que mudarão ou poderão mudar de fato a sua vida ou, quiçá, a vida de uma população inteira de forma negativa ou não planejada.

Logo, devemos nos colocar imersos nesta categoria e lembrarmos que quando fazemos ou deixamos de fazer algo, não é o “Fulano de Tal” que fez ou não fez, é o GCM, o PM, o Policial Civil e etc.. Representamos uma coletividade, cada um de nós representa a corporação, instituição, empresa em que trabalhamos e vivemos e nossas ações como indivíduos pode afetar a todos, ou ainda, a outros no futuro, se houver um futuro.

Sei que muitos odeiam este tipo de exemplo, mas temos que nos basear no que temos, não vou falar na Polícia de New York, não os conheço, não posso citar algo que não tenho conhecimento e firmar base para minhas divagações, portanto vou mais uma vez, citar a Polícia Militar do Estado de São Paulo, sem dúvida, a melhor do Brasil, pelo menos é o que acompanho pelos noticiários, pelos poucos estados em que já estive e em vários outros artigos e reportagens.

Por estes dias, tive a sorte de ver um planejamento salarial desta instituição, onde o salário total hoje de um soldado em início de carreira gira em torno de R$2300,00 e ele irá dobrar gradativamente até o ano de 2015, e não é só para o soldado, para todos os cargos. Planejamento é a palavra. Os Oficiais desta instituição a tem como uma fé, uma religião, uma extensão de suas vidas, e mesmo depois de sua saída, a defende com unhas e dentes, pois têm filhos, irmãos e etc. e pretendem que outras gerações suas façam parte do quadro desta instituição. É quase que uma Irmandade...

Você que está lendo, pode até não concordar com que escrevo, mas os fatos dizem por si...quantos militares você conhece que possuem outros familiares na instituição? E isto é uma constante, logo, eles cuidam para que a instituição tenha uma vida longa, não é um emprego, é o futuro. E cada vez mais eles estão, de forma articulada e bem planejada, garantindo o próprio futuro, se posicionando em todos os setores, e mostrando o que sabem de melhor.

É preocupante? Pode até ser, afinal, uma instituição ter tantas responsabilidades e atribuições...será que consegue fazer tudo de forma bem feita? Não sei, mas se não, deve ter um bom Departamento de Marketing, pois cada vez mais, ganham mais e mais espaço em vários setores. São 21 subprefeitos na capital paulista, fora os outros inúmeros cargos na administração municipal, num levantamento recente dizia-se em torno de 60(sessenta) coronéis reformados no quadro da PMSP, temos um partido militar (http://partidomilitarbrasileiro.ning.com/), o atual secretário de segurança pública (Sr. Antonio Ferreira Pinto) é ex-oficial da PM, o ex-governador Fleury é ex-oficial PM e vários outros parlamentares de diversas esferas em todos os estados e cidades do Brasil são militares ou ex-militares.

Eles são tão bem harmonizados que não vacilam em cortar a própria carne em prol de um bem maior (a instituição).

Mais uma vez pergunto: Preocupante? Mais uma vez respondo: Pode até ser.
Uma coisa temos que admitir, eles sabem planejar, traçar metas, alcançar objetivos e etc..

Creio que quem já leu algum artigo escrito por mim, deve ter percebido que gosto de fazer uso de provérbios populares, e não vai ser diferente desta vez, logo “se não pode com ele, junte-se a ele”, mas neste caso, mudaria o “junte-se a ele” por “aprenda com ele”.

Se quisermos que a nossa instituição tenha um futuro e futuras gerações nossas façam parte deste futuro e se não queremos que nenhum ocorrido ponha em risco a existência dela, devemos pensar no valor de nossas atitudes e o que elas podem gerar.

O simples fato de não fazermos, já é um grande agravante, pois isto pode desencadear outras atitudes idênticas e daqui a pouco, ninguém faz nada e todo mundo reclama.

Bem, e antes que pensem que sou um PM frustrado (aquele que tenta entrar na PM, não consegue e vai ser GCM), explico que não. Participei de um processo seletivo na PM, passei e não tomei posse por não concordar com a filosofia/doutrina adotada. Ainda me é muito estranho um país “democrático de direito” ter uma “Polícia Militar Estadual” responsável pela segurança pública. Tirando o Chile e um outro país da América Latina, nenhum país ocidental capitalista possui este modelo de segurança pública, todos possuem a segurança municipalizada, fato que reforça ainda mais a competência da PM, pois mesmo contra tudo e todos, eles vão muito bem, obrigado. Gosto da GCM e gosto de ser GCM.

Não podemos dominar os acontecimentos externos, mas podemos comandar a nossa vida e ela pode ser determinante para o mundo.

Um fraterno abraço!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Eu, nós ou por nós

Outro dia ouvi a célebre frase de uma gestora: “deixemos coisas pessoais de lado em prol da coletividade, em prol da empresa”. Evidente que a mesma não usou estas mesmas palavras, mas nesse sentido. Uma frase de efeito, uma filosofia a ser seguida, mas não devemos esquecer que o homem é pessoal, ele sempre está correndo pelo “eu” nunca pelo “nós” ou “por nós”, mesmo porque o homem no geral, possui orgulho, ganância e amor próprio (é claro que quando digo “homem”, me refiro ao ser humano no geral, independente de gênero), em outras palavras, ninguém joga para perder.

Quando uma empresa dá melhores condições de trabalho a seus funcionários, aumento de salário, participação nos lucros, convênio médico e odontológico familiar, seguro de vida e toda a sorte de “benefícios” e reconhecimento, não visa o bem estar, visa que um ser humano feliz, satisfeito, reconhecido trabalhará mais e feliz, aumento de sua produtividade com qualidade, em outras palavras, a empresa irá lucrar, investe 100 recebe 1000. Investimento, nada mais, e claro, pessoalidade, pois é feita a seguinte pergunta: “quanto “eu” irei lucrar se investir isto nisto?” e se a resposta não for satisfatória, pode esquecer seus benefícios, se for só pelo seu bem, sinto muito em lhe dizer caro colega, não haverá este investimento. Mas então o que fazer? Descobrimos que nada disto adianta e que a melhora do homem é utópica? Desistir, pois o homem é um ser sem chance de evolução? É claro que não, seria eu um louco se falasse que milhares (quem sabe, milhões) de estudiosos das mais variadas ciências que investiram tantos anos e preparo de suas vidas na melhoria do ser, são utópicos e demagogos.

O que quero dizer é que a “pessoalidade” é nata do ser humano, ele já nasce com isso, o que fazemos é ao longo da vida é ensinar aos outros e a nós mesmos que podemos conviver com isto e mesmo, controlar a pessoalidade em prol de uma vida em sociedade. Um exemplo clássico? Numa festa de aniversário de uma criança, na faixa de 02 a 08 anos, peça para ela abrir e dividir os presentes com as outras crianças...verá que o resultado não é nada agradável...constataremos aqui o que escrevi acima.

Ninguém abre mão da sua pessoalidade em troca de nada, apenas por desprendimento e bom caráter, tem que ter um retorno, um “por que” para fazer isto. “O que eu ganho se todo dia, ao você chegar, te der um sorriso?”.

Podemos discorrer sobre “n” fatores, até mesmo ao famoso “puxa-saco”, “capachão”, ser deprimente e asqueroso que assola as empresas com sua subserviência, ser sem auto-estima, capaz das mais funestas práticas visando o próprio bem estar, sem se importar se alguém é prejudicado com suas práticas vergonhosas (e alguém sempre é) e baixas. Alguém já viu algum puxa-saco de mendigo? Só se o puxa-saco tiver menos que o mendigo ou se vai ganhar algo fazendo isto. E...sempre tem alguém que dá guarida para tais práticas. Mas, mesmo este ser asqueroso, faz o que faz em busca de alguma vantagem...é o tal da pessoalidade.

Não, também não estou afirmando que não há esperanças para o homem. Temos inúmeros exemplos famosos e anônimos de pessoas que trabalharam em prol da humanidade, pessoas boas mesmo, verdadeiros lideres ou mártires, e todos nós também temos a bondade como algo nato do ser, e da mesma forma que temos que trabalhar a pessoalidade para nos tornarmos melhores, temos que praticar coisas boas para sermos melhores ainda mais.

O que aprendemos com isso? O mundo é uma eterna barganha meu caro. Se você puder fazer algo por mim, eu farei algo por você, ou, como no filme Tropa de Elite 1, “se você quer rir, tem que fazer rir primeiro”. Se você trabalhando produz X, gastando para isso ½ X, se eu investir uma quantia Y e com isto eu tiver um retorno de 2X, sendo que Y é metade de quanto já gasto com você, faça as contas, terei um lucro de 125% no qual antes era de 33%, então irei investir em você, mas, se invisto, e não tenho retorno, é lógico que a regra é clara, dinheiro não nasce em árvores, logo, não investirei mais ou nem investirei. E se você me pede, quer, e etc., mas não me dá nada em troca, nem um vislumbre de vantagem ou lucro, também não investirei. Temos exemplos disto até na Bíblia, quando o Grande Mestre Jesus diz para não jogarmos sementes em terreno infértil (a Parábola do Semeador). Portanto, quando for pedir algo, pense bem e tome cuidado com o que pede. E se receber algo, pense da mesma forma, não será de graça. E antes de reclamar de algo, pense que se fizer direito o que lhe foi delegado, poderá cobrar mais pelo bom serviço e exigir melhores condições para executar, é lógico que é necessário argumento para isto, mas primeiro faça, depois cobre.

Bem, deixemos a filosofia e teorias de lado, onde quero chegar? Bem...recentemente o Prefeito da Cidade de São Paulo, senhor Gilberto Kassab, que podem falar muitas coisas, menos que ele é bobo ou ingênuo, venhamos e convenhamos, um grande administrador que sabe usar os recursos que tem e todo o tipo de argumento. Visa saltos maiores, investe nisto, vislumbra isto. Ele não nasceu grande, ele se faz grande em suas ações e pretende ser cada vez maior, sancionou/publicou um decreto onde nos delega competência para fiscalização de descarte irregular de resíduos. Bem, para isto, ele quer sim ou quer não, nos atribui competência de fiscais, e com isso, ele afirma que os cerca de 700 Agentes Vistores da PMSP que “ganham muito bem obrigado” não dão conta do serviço devido a várias outras atribuições entre outras coisas e nos dá uma chance de mais uma vez mostrarmos para a municipalidade que temos sim uma razão de existir e serventia, diferente do que diz um ou outro, como no vídeo postado no YouTube recentemente, que prefiro não me ater a qualquer comentário (http://www.youtube.com/watch?v=YXHHMJML7DA&feature=player_embedded).

É claro que os pessimistas de plantão, os que quando vêem um copo pela metade não conseguem enxergar “o copo meio cheio” e sim, o “copo meio vazio”, já estão falando que este não é nosso serviço, que é uma desmoralização, que é isto, que é aquilo e etc..

Então, eu pergunto: Qual é o nosso serviço? Para que serve um servidor público senão para trabalhar em favor do contribuinte? O que fazemos hoje condizente a nossa função original?

A alguns anos atrás, criou-se a SUFIME (Superintendência de Fiscalização e Mediação de Conflitos), foi um rebu, os pessimistas questionando, argumentando (sempre a mesma conversa, não é nosso serviço, não é nossa atividade fim, vai denegrir a categoria, etc., etc.). Acabaram com a SUFIME, estendeu-se a fiscalização para outros bairros (a Administração Pública continuava apostando na GCM), o retorno não foi satisfatório. Em uma empresa privada, acabaríamos com o setor e demitiríamos os funcionários, numa empresa pública, não pode demitir, mantém o servidor, mas convocam outros para fazer o serviço, e fizeram (me aparecem os pessimistas alegando que os “outros” tiveram condições de trabalho, usaram de meios e etc. e nós não possuíamos estes recursos e nem tínhamos respaldo).

O pior é que os outros, através de sua competência e articulação, estão tão inseridos no contexto, que hoje fica difícil saber quem somos e como iremos fazer sem eles. E eles não reclamam, se reclamam, é na cama que é lugar quente, pois na rua, a população é só elogio, e ai está o lucro do Senhor Prefeito, elogios que convergirão em votos, que é a moeda de todo político. Então, em time que está ganhando não se mexe, investe mais ainda. E cada vez mais, os “outros” estão ganhando espaço.

Há esperança?

É claro que sim, é uma questão de consciência. Você quer rir? Faça rir primeiro. Execute o serviço com excelência e cobre que os outros o façam. Um gafanhoto é desprezível, mas quando eles se juntam, é uma praga, acabam com tudo o que encontram no caminho e nada pode detê-los. Quando todos estiverem alinhados e conseguirem executar coisas de menor prestígio, estaremos preparados para exigir nosso lugar ao sol, e funções de maior valor, sem esquecer o que nos levou até lá, não repetir o que fizemos com a educação, ganhamos prestígio nas escolas e hoje, não há GCM’s em escolas, não como alguns anos atrás.

Sei que muitos de nós fazemos muito. Não vou entrar no mérito das razões que levaram a nossa GCM a estar no ponto que está. Não sou formado em Administração, Economia, Engenharia, Ciências Políticas etc. minha área é informática (mais ou menos), mas as razões são muitas. Também não irei entrar no mérito de quem é responsável ou não, apenas assumo minha parcela de culpa pelo que deixei de fazer ou pelo que podia ter feito melhor, peço perdão pelos meus erros, assumo minha culpa.

Senhores “o Sol nasce para todos, mas só brilha para alguns” e “só erra quem faz”, provérbios sábios. Então, saímos da sombra e façamos, mais ainda.

Eu estou tentando, e você?

domingo, 27 de março de 2011

O paradigma de coitado

Recentemente li neste respeitável Blog, um texto... não, um texto não...um excelente texto do Sr. Delegado de Policia Archimedes Marques onde ele expunha as novas diretrizes do trabalho policial e uma mudança de paradigma do mesmo (http://osmunicipais.blogspot.com/2011/03/novos-paradigmas-no-uso-da-forca.html).

Muito bem, mas o que é um paradigma? Recentemente assisti ao vídeo de Joel Barker intitulado “Pioneiros do Paradigma” onde ele explica as nossas vidas através do paradigma que criamos e devemos abstrair-nos deles para assim aceitarmos novas idéias e visões e conseguirmos a evolução.

“Foi Thomas Kuhn, físico norte-americano, que organizou as idéias em torno do significado atual da palavra “paradigma”. Em seu livro, “A Estrutura das Revoluções Científicas” publicado em 1962, ele argumenta que para solucionar os problemas que encontram os cientistas utilizam certos “mapas” que reúnem o conhecimento disponível e dá, a esses mapas, o nome de “paradigmas” (do grego “parádeigma”, cuja tradução, em português, pode ser, literalmente, “modelo”).

Paradigmas, de acordo com Kuhn, reúnem informações ou limitam o território em que se procuram as soluções para os problemas que são enfrentados. E cada problema solucionado reforça a crença no paradigma estabelecido.” – Fonte: http://www.aglo.com.br/blog/?p=680

No decorrer do filme e até o presente, fiquei lembrando dos paradigmas que assolam a nossa instituição e das síndromes que possuímos. Se perguntarmos para os integrantes o que eles almejam da nossa instituição no presente e no futuro e como eles vêem a Instituição no futuro, receberemos os mais variados tipos de respostas, mas uma boa parte (senhores críticos, digo “boa parte” e não “a maior parte” ou “grande parte”...) de pensamentos pessimistas, acompanhados de uma falta de estímulo para desempenhar com excelência o nosso papel. Ou seja, muitos sofrem de uma espécie de “paradigma de coitado”, pois todos são culpados por tudo de ruim que aconteceu, acontece ou acontecerá, e a Instituição não tem expectativa de avanço e que a regressão ou extinção é quase certa, senão, inevitável.

Mas, será mesmo? Segundo Thomas Kuhn, traçamos em nossa mente um modelo das coisas, como acreditamos que seja, a vida sob a nossa óptica, ou seja, nossos paradigmas, e baseado nestas visões, não conseguimos enxergar as coisas de uma outra forma, pois estamos presos a estes paradigmas criados ou impostos a nós. E muitos problemas foram resolvidos ou dogmas foram derrubados por pessoas que não estavam ligadas diretamente a eles. Ou seja, cria-se um conceito e pensa-se que este seja uma verdade inabalável e não aceita-se nada que seja contrário a este conceito ou dogma.

“Não consegue enxergar o outro lado da laranja.”

Quero com isto, lembrar e conscientizar o que muitos falam, mas que parece que nós mesmos não conseguimos enxergar... as Guardas Municipais estão em voga no presente. Se amanhã ou depois as Polícias Militares se municipalizarem, creiam os senhores, não é porque eles são o “supra-sumo” da segurança pública nacional e sim, que a municipalização das polícias em todo o mundo é uma verdade e que o modelo de policiamento exercido pelas Guardas Municipais em todo o Brasil, mesmo que de forma precária, é um sucesso.

Todos estão interessados nas Guardas Municipais. As polícias estaduais, a União (Ministério da Justiça), órgãos governamentais e instituições privadas diversas... nós somos o patinho feio mas que começamos a dar os primeiros sinais que poderemos nos tornar belos cisnes no futuro. Falta muita coisa? Sim, é evidente, não devemos ser hipócritas, é uma luta desleal, Sanção versus Golias, mas temos “n” probabilidades de sucesso.

Mas dentre muitas coisas faltantes, uma não deve faltar jamais... o comprometimento de seus integrantes, a fé na sua pessoa, nos seus lideres e a certeza da execução do seu melhor. Abandonar velhos paradigmas é algo difícil? Sim, é evidente que é, são verdades que cultuamos às vezes, por uma inteira, mas devemos tentar modificar, olhar o outro lado da laranja. Quem apenas olha para baixo, conseguirá ver as pernas feias do pavão, mas jamais a beleza esplendorosa da sua cauda em leque. Um processo demorado, mas em tudo há um começo.

Lembro-me que a pouco mais de 10 anos era tachado como um alcoólatra sem esperanças, um dia me conscientizei que precisava fazer algo, e houve um primeiro dia, um segundo e já se passam mais de 10 anos, um dia de cada vez. Abandonei o paradigma do álcool em minha vida, a cada dia, me comprometo a fazer o meu melhor e a continuar a ser um alcoólico abstêmio.

Mas se eu não acreditasse não teria conseguido, se não houvesse investido, não haveria chegado até o hoje. E assim o é com tudo na vida. Devemos acreditar, dar ás costas a antigos paradigmas, caminhar na trilha do desafio, embora os outros sejam velhos conhecidos e até mesmo confortáveis, não nos levam a lugar algum.

Espero de alguma forma, ter contribuído e recomendo a todos a assistir o vídeo acima.

Um fraterno abraço a todos.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Será o início?

No Diário Oficial da União de 30/12/2010 foi publicada a Portaria nº. 39 criando uma Comissão de Trabalho que irá propor a regulamentação das atividades das Guardas Municipais.

A Portaria é bem explicita e dá uma grande valorizada na função e no trabalho exercido pelas Guardas Municipais. A comissão é originalmente formada por representantes de vários setores do Governo Federal e Comandantes de várias Guardas Municipais entre eles o Comandante Joel Malta de Sá da nossa querida Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, além do Presidente do SindGuardas-SP Carlos Augusto Souza Silva.

A edição do Diário Oficial da União pode ser acessada pelos links abaixo (o primeiro complementa o segundo) e ler a Portaria em sua integra.
http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=2&pagina=31&data=30/12/2010
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=30/12/2010&jornal=2&pagina=32&totalArquivos=56

Será mais uma chance para podermos alcançar o nosso devido valor e sermos resguardados por lei federal, pois embora estejamos inseridos no parágrafo 8º do artigo 144 da Constituição Federal, até hoje não existe lei regulamentadora para nossa atividade e isto é um grande calcanhar de Aquiles, pois cada um vem e faz o que bem entende segundo a sua ótica de “Especialista em Segurança Pública”. A cada gestão e a cada “especialista” que assume, com uma visão diferente, mudamos o nosso rumo, quantos trabalhos foram interrompidos e muitos deles eram excelentes trabalhos.

Embora saiba que existe uma “morosidade natural” para a conclusão deste trabalho e creia que “forças do além” irão criar impedimentos para que este trabalho não avance e se avançar, seja de uma forma a beneficiá-las, peço ao Grande Criador que ilumine a mente dos envolvidos e possamos assim ter um lugar ao sol. De minha parte, não penso na infelicidade dos outros, quero apenas ser feliz, e uma lei que regulamenta suas atividades, que diz o que você pode e não pode é muito melhor que ficar a mercê dos “Doutos do Direito” que divagam por “n” vertentes tentando, cada um dar razão a sua tese, pois de concreto nada existe.

Não ter que ouvir o “que pode” ou o “que não pode” fazer de “Doutores da Lei”, cada um avaliando conforme seu pensamento ou situação de momento, isto sim, será uma grande vitória e um grande estímulo para continuar esta caminhada.

Este passo poderá e com certeza irá abrir espaço para outros vários avanços, basta agora esperarmos e ter fé, no final, tudo irá dar certo.

Comentários

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Eu decido

Como alguns já devem ter se acostumado, costumo me expressar aqui através de metáforas, e hoje não será diferente!

Conta a estória (para alguns é história, já que acreditam que ocorreu) que no interior “das Minas Gerais”, numa cidadezinha com alguns costumes antigos, vivia um velhinho, que ninguém sabia ao certo qual sua idade, mas tinha fama de sábio, e todos vinham lhe pedir conselhos para os mais variados assuntos.

Assim como existe o velho, existe o novo. O novo representa o vigor, a disposição para derrubar barreiras que aos olhos de alguns são intransponíveis, o velho, bem o velho é a experiência, a sabedoria acumulada ao longo do tempo, o cuidado tomado antes de fazer algo, o pensar nas conseqüências de um ato impensado. Ambos se completam, se desafiam, convivem.

Na cidade também havia um grupo de jovens (lembra do novo?), e como dito antes, o jovem desafia a tudo e a todos, vai em frente, e alguns deles não se conformavam com aquela veneração dada ao velho senhor e resolveram que o iriam desafiar em praça pública, em momento oportuno, para assim, derrubar por terra de uma vez, a fama de grande conselheiro e sabedor de tudo.

Num final de semana movimentado, várias pessoas na Praça central da cidade, fazendo compras, passeando, e muitos aproveitando para tomar conselhos ao velho senhor, alguns até de paragens distantes, e os jovens decidiram “É agora que iremos desmascarar este velho...”.

Aproximaram-se e o líder deles, com as mãos para traz, começou o diálogo que logo viria a se tornar um desafio:

-Meu senhor, bom dia, quero aproveitar o ensejo e lhe fazer uma pergunta, já que possuis fama de sábio e a tudo tens resposta, gostaria de sua permissão para lhe fazer uma pergunta, e caso sane esta dúvida, juro que não o incomodarei, posso?

O velho senhor, acostumado com os desafios impostos pela vida, olhou aquele rapaz, no início de sua vida, e lembrou-se de sua juventude, por um único e breve momento, viu o filme de sua vida correr, sabia do espírito aventureiro e desafiador dos jovens, já fora um. Ele sabia que para aquele jovem, se tratava de uma questão de respeito entre os demais poder derrotá-lo em uma contenda. O velho senhor assentiu com passividade, não iria negar ao jovem esta oportunidade.

O jovem, sem tirar as mãos das costas, como se estivesse escondendo algo, iniciou o desafio:

- Meu senhor, trago aqui comigo, em minhas mãos, um pássaro. Pergunto-lhe, este pássaro está vivo ou está morto?

Evidente que aquela questão, independentemente da resposta, caso fosse da vontade do inquiridor, já estava respondida uma vez que, se o velho senhor respondesse que o pássaro estava vivo o rapaz o apertaria, matando-o e caso respondesse que estava morto, o rapaz abriria a mão deixando-o voar.

O velho senhor, que não se auto proclamava sábio, olhou bem nos olhos do jovem que o desafiara e respondeu calmamente:

- É você quem decide meu jovem, você decide se este pássaro deve viver ou não.

Diante da resposta, o jovem envergonhou-se de seu ato, e abriu suas mãos para que o pássaro reencontra-se a liberdade.

O que este texto tem a ver conosco? Não sei da maioria, mas comigo, tem tudo a ver.

Eu decidi que entraria na Guarda Civil Metropolitana, decidi que ficaria na GCM e não iria para a Polícia Militar. Decidi tudo o que ocorreu na minha vida, desde as coisas boas até as piores. Todas as experiências vividas por mim foram fruto de minha vontade.

Decidi ser diferente, decidi tentar dar o melhor para a minha corporação, luto a cada dia, mato um leão por dia, não desisto. O que seria de mim se o GRANDE CRIADOR tivesse desistido de mim a quase 10 (dez) anos atrás (tenho dezoito anos de corporação)? Procuro dar o meu máximo, mesmo alguns dizendo que não vale à pena. A minha inspiração é que o pouco ou muito que faço irá auxiliar a alguém na outra ponta da corda.

Que de alguma forma, mesmo numa fração ínfima, eu possa estar contribuindo com o crescimento da GCM, com o crescimento da Democracia, sim meu irmão, Democracia, haja vista que a GCM segue o conceito dos países democráticos de fato e direito, e mais ainda, com o crescimento do ser humano e o meu próprio crescimento. Fui eu que escolhi a GCM como minha vida, e com meus atos e atitudes decido o que ela será daqui a alguns anos.

Eu quero, peço a ELE que, mesmo que ninguém saiba mais eu saberei que eu fiz parte de uma grande corporação, de um modelo, que eu tenha orgulho de ver seus homens e veículos passarem a minha frente. Não quero olhar para trás e ver que não fiz nada, que não contribui com nada e devido a minha omissão, o local de onde fui oriundo foi extinto por ineficiência.

Então, eu decidi que irei lutar até o final. Não me importa se os outros, independente do cargo ou função façam ou não. Darei o meu melhor. Penso que se cada um tivesse essa conscientização, daqui a alguns anos, teríamos um lugar de destaque. Se exigirmos nossos direitos e cumprirmos nossos deveres, seremos os maiores e melhores, e poderemos andar na rua de cabeça erguida, com o orgulho estampado no peito e na face.

Que o GRANDE CRIADOR nos proteja hoje e sempre!

Publicado no Blog "Os Municipais" em 06 de novembro de 2010.

Minha Maioridade

Parece que foi ontem, mas no próximo 31 de julho completo 18 anos de serviço prestados á municipalidade, e me orgulho em exaltar que foram 18 anos bem trabalhados sem falsa modéstia, construí meu nome nesta instituição e contribui para que ela seja o que é hoje.

Prestes a adquirir a maioridade, e acompanhando a maioridade adquirida da nossa corporação, acompanho a evolução do tempo e das pessoas que passam a fazer parte dela.

Lembro que ao ingressar, me achava diferente dos “antigões” e tinha uma certa inveja deles, pois eles eram os “linhas de frente” os “polícias pra c...” e tinha uma grande vontade de fazer parte daquele seleto grupo de homens e mulheres que faziam a diferença e espalhavam o nome e a moral da GCM onde iam.

Era muito raro as coisas darem erradas para eles, parece que tinham olho clínico para as coisas, sabiam onde se metiam e mesmo que algo saísse um pouco fora do “script” eles sabiam “arredondar” para que elas voltassem aos eixos, ou seja, a seu domínio.

É lógico que a época era outra, outra forma de pensar dos ingressantes, outros chefes, outra legislação, outra filosofia ... sinto saudades de algumas coisas, daquele afã de produzir algo, a disputa sadia em busca de ocorrências, e éramos estimulados por nossos comandantes a produzir, ganhávamos respeito, e quanto maior fosse o respeito conquistado, melhor era sua ocupação...uma questão de reconhecimento, você sabia desenvolver o serviço logo iria para o lugar onde tinha serviço, onde precisava de pessoas com desenvoltura, com garra, com amor, determinação, enaltecer ainda mais o nome da nossa pequena, mas grande GCM...
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Fiz parte da, para alguns, saudosa ROMU, não me adaptei, mas aprendi muito lá, fui para a IR-SÉ, muita política, e mesmo assim o pessoal trabalhava, vestia a camisa, mas acabei retornando a área sul, minha origem, minha escola, meu calvário, meu édem.

Lá eu fui forjado, e tal qual o aço, tive que resistir a diversas situações até ficar moldado ao que sou hoje. Reconheço, tive excelentes mestres na arte do policiamento e até os péssimos me deixaram alguma coisa.

Sinto falta dos que foram por diversos motivos e infelizmente não fazem parte de nossas fileiras, falo dos bons, dos que ajudaram a construir o nome e a moral desta corporação. Sinto falta dos que agora estão adormecidos, me lembro de alguns quando eles eram “linhas de frente” e hoje, a fera está enjaulada no interior, talvez aguardando o momento oportuno de despertar, análogo a Fênix mitológica...

Lembro que recentemente, conversando com um “recém chegado” (recruta), na companhia de mais um antigo, conversávamos sobre um colega, mais antigo que nós, como ele era e que agora, devido “ás forças do além”, ele está digamos “bem mais calmo”, o recém chegado não acreditava que aquele “antigão”, que só reclamava e fazia o estritamente necessário já havia sido por muitos anos um “linha de frente”, um “polícia pra c...” e que tinha muito a ensinar á grande maioria.

É com uma certa tristeza n’alma e no coração que sinto a nossa GCM perder sua identidade, os novos nem de longe lembram a nós na nossa assunção. A história mudou muito, e em muitos aspectos, para pior. Talvez eu seja um saudosista, talvez este “velho lobo das estepes” não tenha se adaptado aos novos tempos.

Mas no próximo dia 31 de Julho eu juro que comemorarei, em silêncio, na solidão de meu coração e minha alma, comemorarei a maioridade e por ter conseguido chegar tão longe... se penso em chegar mais longe? Não sei, tudo vai depender de “n” fatores, mas uma coisa é certa, somos seres vivos e racionais e sempre buscamos a nosso modo, a evolução.

Quero deixar aqui, o meu mais sincero agradecimento a todos aqueles, que de alguma forma ajudaram a forjar o aço do meu ser e até hoje me ajudam. Nenhum ser é uma estrela solitária, temos momentos de solidão em nosso íntimo, mas vivemos em sociedade no exterior. Meu mais puro e sincero agradecimento.

Que o Grande CRIADOR nos ilumine sempre e permita nos superar e com isso, possamos superar todas as dificuldades que surgirem em nosso caminho e, quando chegarmos ao fim de nossa caminhada, possamos olhar para trás e vermos que o nosso legado valeu a pena, não foi em vão e a nossa corporação, a qual dedicamos grande parte de nossas vidas, cresceu e se firmou, sendo independente.

Possamos nos orgulhar de ter colocado um pequeno tijolo na grande edificação.

Que ELE esteja sempre conosco em nossos corações.

Publicado no Blog "Os Municipais" em 31 de julho de 2010.

Reflexão

A vida não é fácil, venhamos e convenhamos...

Quando criança, temos a doce ilusão de crescermos, nos tornarmos Doutores, Bombeiros, Jogadores famosos de Futebol e tantas outras profissões que a mídia e nossos sonhos nos fazem crer como ideais;

Crescemos, nos tornamos adolescentes, a era da revolta, revolução mental, hábitos esdrúxulos, vontade de mudar o mundo, a política, o “sistema” (esse maldito está em todos os lugares sob várias facetas, tudo é culpa do “sistema”, algo abstrato mas tão presente que as vezes chego a pensar que é a personificação do Diabo, Demo, Lúcifer, Coisa Ruim e tantos outros codinomes, porque não mais um, Sistema)...as regras que temos que seguir, e se quisermos ser grandes, ou trabalhamos muito, ou ganhamos em uma destas tantas loterias que o governo cria para angariar fundos para “obras sociais” (afinal, manter um político abastado e nós cada vez mais pobres é uma obra social), não conseguimos ser o que sonhamos quando crianças, não nos tornamos jogadores famosos e ricos, nem um Bill Gates ou Steve Jobs, muito menos um mega empresário, nem um soldado das forças especiais a lá Rambo...;

A vida parece que molda nosso futuro e presente, apesar de todas as Religiões e Crenças alardearem que o maior presente de DEUS para nós é o “livre arbítrio”, às vezes tenho a sensação que algumas coisas já vêm prontas, como nossas tendências (dons e defeitos), e nem sempre o mais inteligente é o mais esperto, alias, quase nunca...

Vem a fase adulta, alguns demoram mais que outros, vemos adultos de dezoito anos planejando o futuro, se preparando para várias hipóteses de futuro, e alguns com quarenta anos ainda estão na adolescência, lutando contra tudo e todos, pregando a revolução ética, moral, cívica, econômica, alegando que o capitalismo é cruel e o comunismo de Karl Max é ideal...

Fomos engolidos pelo Sistema (esse cara de novo), somos mais um no grande universo de seis bilhões de pessoas, o que fazer?

Bem, um ser sem sonhos está morto, devemos sempre manter nossos sonhos vivos, e às vezes, rever nossos ideais, mas nunca desmotivar, nunca desistir, sempre manter viva a chama da esperança, reza a lenda que este é o único sentimento que o CRIADOR não tem, a esperança, pois ELE conhece o passado, o presente e o futuro portanto, não precisa esperar nada, ELE sabe tudo, e mesmo que não nos tornemos sucessos da mídia, das finanças, um herói nacional ou internacional, sempre seremos importantes, toda a sociedade precisa de nós, precisamos do gari, do lixeiro, do padeiro, do cozinheiro e de todas as outras profissões que não são as mais famosas ou rentáveis.

Bonito isto...fácil e atraente de ler, nos dá até mesmo uma vontade de deitar e voltar a sonhar como na infância e adolescência, parece que massageia o nosso ego e nos faz sentir menos impotentes ante as dificuldades que a vida nos impõe, mas para que serve? Qual o meu intento?
Infelizmente vejo vários colegas desmotivados, criticando a tudo e a todos pelas dificuldades impostas pela vida, vivem reclamando, se maldizendo e...para que?

Me parecem adolescentes revolucionários, contestando tudo, mas para contestar, temos que tomar ciência do que nos aflige, e percebo que vários colegas se colocaram no abismo, isto mesmo, se jogaram no abismo e se negam a sair de lá, preferem criticar a profundeza do abismo, a dificuldade que é escalá-lo, mas nada fazem, pelo contrario, alguns ainda cavam mais ainda, tornando o abismo mais fundo;

Todos nós nascemos sem dividas, as vezes o nosso nascimento gerou dívidas a nossos pais, nascemos sem filhos ou cônjuge e nascemos sem profissão, crescemos e adquirimos tudo isto, e sempre, não se pode negar, a vida nos deu opções dentro de nossas limitações, mas nos deu, escolhemos com quem casar, poderíamos escolher se queríamos ou não ter filhos, escolhemos se iríamos ou não estudar, e escolhemos a nossa profissão, sabíamos o que ela era e para que era, conseqüentemente, escolhemos quanto iríamos ganhar...estamos reclamando do quê? Da nossa incompetência para conosco? Porque até agora, tudo foi culpa nossa...

Quantos procuram melhorar, evoluir? Procuram estudar? Quantos procuram estar cientes de Leis e Decretos que moldam a nossa vida? Quantos têm uma caderneta de poupança ou gastam menos do que ganham? Quantos fazem outros concursos ou procuram outras profissões?

Quantos participam ativamente de alguma associação de bairro, entidade representativa de classe, partido político?

Pagar impostos para o governo não nos faz ter direitos e deveres sobre ele se não conhecermos os nossos deveres e direitos;

Pagar mensalidade para a entidade representativa de classe (comumente conhecida como “Sindicato”) não faz com que ele tenha que lutar por nós e ficarmos de braços cruzados;
O fato de votarmos e um representante político não quer dizer que ele irá agir em nossa causa, e não precisamos saber o que ele faz ou deixa de fazer;

O fato de termos um diploma de “nível superior” (acho muito esquisito este termo “nível superior”, prefiro “graduação”) não nos coloca á frente de outros, pois muito fazem uma faculdade e não aprendem nada;

O fato de professar uma religião não nos torna um ser melhor e nem irá nos livrar da responsabilidade de nossos atos e nem mesmo do inferno (apesar de não crer em inferno);
E tantas outras coisas que poderíamos fazer e não fazemos, temos a obrigação de fazer e nos omitimos;

Quantos são conformistas, preferimos ficar no fundo do abismo, não queremos escalar, não jogamos a corda para sair de lá...esperamos a GRANDE FENIX, com suas asas enormes e mitológicas para nos tirar de lá...

Grandes personagens da história se fizeram através de luta, dedicação, sacrifício... se vivemos no ostracismo é porque queremos isto.

Quantos ouço dizerem “faço apenas o necessário, nada mais e, se puder, não faço nada” ou ainda “já trabalhei demais, deixo para os outros agora”...na minha opinião, ignorância, falta de amor próprio, falta de orgulho, individualismo puro, falta de preocupação com o próximo e consigo mesmo;

Se nossa corporação está da forma que está, muito se deve a nós mesmos, não adianta culparmos chefes, comandante, secretário e prefeito, somos o resultado de nós mesmos, se fossemos melhor, estaríamos em condição bem melhor.

Publicado no Blog "Os Municipais" em 17 de abril de 2010.

A falência do ensino público nacional.

Ao final da Segunda Grande Guerra Mundial o mundo foi dividido em vários blocos. O bloco dos ricos e o dos pobres, o bloco dos vencedores e o dos vencidos, o bloco capitalista e o socialista e não devemos esquecer o bloco do 3º mundo, que hoje chamam de “Países Emergentes” ao qual fazemos parte, e que em quase sua totalidade é composto por países do hemisfério sul.

Um país pode fazer parte de vários blocos, os E.U.A., por exemplo, faz parte dos vencedores, é rico e capitalista.

Nós brasileiros, que antes éramos do 3º mundo e agora emergentes (muda-se a terminologia, mas a essência é a mesma), sem expressão, sem amor próprio, sem história, sem perspectiva de futuro e sem opção do presente só participamos da Segunda Grande Guerra (e não vejo nenhum mérito nisso) porque, reza a lenda, teve algumas embarcações afundadas por países pertencentes ao “eixo” (Alemanha, Itália e Japão). Mas nas minhas divagações, fico tentando imaginar o que armas de guerras alemãs estavam fazendo em águas pacíficas, a milhares de quilômetros do conflito e, pior ainda, o que ganhariam afundando embarcações que até então, pertenciam a uma nação neutra no conflito?

Mas quem poderá contestar a história? E como “fala” o colega mantenedor deste “blog” “a história é contada sob a versão dos vencedores”.

Talvez devido a esta inércia que vivemos a submissão sempre imposta e aceita, aos acordos realizados visando sempre à pacificação, lembremo-nos do “Tratado de Tordesilhas” onde a coroa Portuguesa veio apenas tomar ciência do quanto possuía, logo a história do descobrimento é uma farsa, do fim do Brasil Colônia e o início do Brasil Império, onde a ex-colônia (nós) assumimos uma dívida de Portugal com a Inglaterra e ficamos com um Imperador Português de brinde, do fim da escravidão devido pressão da Inglaterra que queria mais mercado consumidor para seus produtos industrializados, o fim do Brasil Império e o início do Brasil República onde mais uma vez assumimos a divida de Portugal com a Inglaterra, a Consolidação das Leis do Trabalho (C.L.T.) pois o país vivia um clima tenso e isto serviu para acalmar os ânimos.

Esses fatos e muitos outros que existem e não cabe comentar, pois não sou historiador e sim um grande curioso adepto da máxima “conheces a verdade e ela o libertará” nos tornaram uma nação subserviente e de índole medíocre sempre esperando que alguém faça algo por nós e que o Poder Público de uma forma ou de outra, resolva todos os problemas, afinal, são nossos lideres, responsáveis pelo nosso bem estar.

O Japão, ao final da Segunda Grande Guerra estava destruído estruturalmente, mas o amor do povo a seu país continuava forte, o Imperador Hiroito iniciou um processo de reconstrução, precisava de pessoas capacitadas nas mais diversas áreas e por ser um país geograficamente pequeno e grande parte de seu território ser ocupado por montanhas e vulcões, e o clima ser frio, não poderia investir em agropecuária ou agricultura, precisava reconstruir a nação, investir em tecnologia e hoje vemos o resultado de um trabalho árduo, uma das maiores potências do mundo, referência mundial em tecnologia, economia, educação e etc.

Bem, depois de tanta falácia, onde quero chegar? Vejamos...em conversa com um conhecido, ele me disse que no Japão, se um aluno fosse surpreendido atrapalhando as aulas era castigado. Perguntei qual era o castigo imposto ao qual me respondeu não saber, pois ninguém falava em aula. Um jovem não conseguir uma vaga na universidade é motivo de vergonha para a família.

Guardadas as diferenças culturais, o que vemos é um povo consciente e líderes conscientes, com valores éticos fortalecidos.

Voltemos ao nosso mundo. Educação nunca foi o carro chefe desta grande nação, perdoem-me, mas quando “digo” grande é na questão territorial, e até pouco tempo atrás, faculdade era apenas para a elite.

Era?

Será mesmo?

Vejamos assim...o ensino público é falido, com raríssimas exceções, o sistema de ensino é patético. O Governo para iludir, alegando inclusão social, cria um sem número de cotas, alunos não reprovam no primário, inventa uma prova (ENEM) que pode valer “pontos” ou “meios” para freqüentar instituições de ensino que visam apenas o lucro, portanto não reprovam e não fazem questão que se aprenda. A qualidade dos profissionais é duvidosa, para não dizer lamentável, e conheço muitos que possuem o tão falado “nível superior”, mas na prática são analfabetos funcionais.

As instituições de ensino sérias, de todos os níveis, ainda pertencem à elite. A grande maioria de profissionais de nome e renome vieram destas instituições e pertencem a nata social. Por nata social entendem-se os 2% da população que detêm 70%da economia.

Agora a triste constatação, o negócio está tão descambado, que já temos cursos superiores à distância, supletivo do segundo grau em menos de seis meses (como que se reduz uma carga de ensino de três anos em seis meses? que mágica é essa?), cursos “superiores” de dois anos (com duas horas e meia de aula por dia), e já estão avacalhando até a especialização. Daqui a alguns anos, pelo andar da carruagem, não precisará nem dominar outra língua para mestrado.

Outro dia, ouvi de um agente público que ele está fazendo parte de um curso de especialização ministrado pelo poder público, dividido em módulos, e que ao final disto, totalizará cerca de quarenta dias, poderá ser validado como uma “Pós Graduação”. Pergunto: Em que?

Nada contra a especialização, afinal é válido, quem dera que todos pudessem se aprimorar, conhecer mais e com isso tornar a sociedade em que vivemos bem melhor do que está. Mas sei de muitos exemplos que fizeram curso superior apenas para obter o diploma, porque a profissão exige para poder ocupar um determinado cargo e não possuem quase nenhuma ou nenhuma afinidade com o que estudaram, prova disto foi um destes formado em “Gestão” não saber efetuar um cálculo de juros compostos. Na minha humilde opinião, é o mesmo que um Juiz de Direito não saber explicar o conceito de Jurisprudência.

A banalização do ensino, educação, cultura, ou seja lá a terminologia usada, se tornou um câncer incrustado de tal forma que necessitamos de uma reformulação completa no sistema senão, daqui a pouco, teremos cirurgiões formados pela internet.

Publicado no Blog "Os Municipais" em 15 de março de 2010.